Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

sexta-feira, abril 25, 2008


Pontuou

Era pra dizer que acabou. Ou que tinha acabado.
E toda aquela pilha, era pra dizer que não havia mais nada.
Ou nenhuma palavra cantando. E nenhuma mais flutuando.
Foi como risco em meio tanta parede lustrada. Sobressaiu. Soluçou.
E não adiantou em maiúscula. Não adiantou quase nada.
Mas era pra dizer que acabou.
Era pra noutro canto, achar outra vida. Noutro canto, solucionar outras idas.
E que acabou.
De prato novo, era pra saborear outro gosto.
E de outro gosto, era pra extrair arrepio.
E de arrepio. O meu riso.
Ah o meu riso que há muito me é raro.
O meu riso que se esqueceu como gargalha.
Mostra os dentes, franze os olhos e se contenta de migalha.Um sangue grosso e quase entupido.
Meloso e pouco vencido.
Diz que era pra ser dito.
Que acabou.
Mas não disse mais nada.