Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

quarta-feira, janeiro 10, 2007


Página primeira

É como se eu pedisse aos ventos um pouquinho de colo.
Como se só assim me saciasse o vício estúpido de manter um você, sempre.
Um você de ligar e dizer amo. Amo e amo.
Um você de pedir mão, abraço, beijo, sexo, carinho e confiança.
Um de refazer promessas pelo prazer sublime de refazê-las.
E desse vício bobo de fugir à toa ao lugar dos planos. E dos sonhos.
E de todas aquelas preocupações bestas que a gente tentou discutir.
E dos nossos recalques de não sumir.
E não esquecer.
É como se eu inventasse inconseqüência e sumisse daqui.
Como se só assim eu ganhasse asas para crer em nós dois.
Porque todos os dias desde lá, eu reforço pra mim: Nós dois
foi o combinado, babe.
E eu não quero virar a página.
Feito todos os anteriores, eu quero te cuidar e te confortar e te brindar um amor de novela.
E do vício de se apaixonar e de acreditar que dessa vez vai ser diferente, eu quero que seja.
E quero você.
ainda que pra saber o quanto é impossível
ou ver as nossas diferenças
Ainda que para amarrar, atar e ter de soltar
ter de apertar e depois abandonar
Eu quero você como já quis todos, e na promessa de querer mais nenhum
[como se assim eu pudesse viver mais
E saudar outra nova paixão, meu mais recente eterno amor.