Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

domingo, setembro 10, 2006


Do dia nove

São quase seis os meses de absoluta cala.
Quase ralos os olhares apagados e quase surdos os cantos entoados.
Sim.
Eu voltei.
E voltei como quem retorna de um sono profundo. Como quem rompe as barreiras da própria alma.
Feito filho prodígio. Feito alguém de prestígio.
Voltei orgulhosa de tanta insistência.
Voltei reformada na mesma aparência.
Porque era quase esquecido ou quase acabado quando retomei o primeiro capítulo.
Como quem decide reescrever uma história e corrigir a mesma grafia,
cá estou e tudo outra vez.
Porque é preciso calma quando os sonhos te consomem e sonhos quando a calma te acolhe. Isso, honey.
Mais uma vez saio do morno e imploro calor.
Mais uma vez abandono a mesmice.
As palmas, honey. As palmas.
Quero o soluço e toda a disfunção.
Aos medos a vez do conforto.
Um aleluia.
E o desejo capaz de manchar a própria pele.
A réplica, a tréplica e toda a conclusão.
Quero a volta dos sonhos cansados. E a parte em que me cansa dormir.
À vida, a vida.
E sempre outra vez.