Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

segunda-feira, maio 29, 2006


Oração a todas as linhas

É feito andar de bicicleta –o máximo que vai lhe acontecer é uma baita cicatriz num dos joelhos.
E já devo ter aos pares, guri.
Mas já se fala que perde a prática, mas nunca o ensinamento.
Se os meus dedos erram uma porção de vezes as teclas, pensa nas minhas palavras, que depois de tão vetadas arriscaram desistir de sair.
É um pacote de idéia que tenho aqui. E por uma vez pensei que, feito vinho, seriam quase boas as vezes que me dispusesse a mostrar o tempo parado.
Se vinho, isso tudo é vinagre e eu digo –azedou.
E é quase uma melancolia. Um choro tapado até arder a garganta. Um grito entalado. Um ouvido entupido. E meu não recalcado.
Não.
Não vai não.
Se ainda assim eu pudesse prender o tudo que me escorria.
Se ainda assim fosse eu a segurar o que me fugia.
Vai não.
Volta a mim, você que é vício e aconchego da alma.
Você que é sopro e sossego do medo.
Volta a mim se é assim que se borbulha a calmaria.
Se é assim que se desprende a pausa torta
o ponto seco
a vírgula morta
volta a mim, você que sabe do que é fraco
sabe do que insisto
e grita o que destaco.