Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

domingo, junho 04, 2006


Refúgio ao Guém

Ai de mim se essa dor passa.
Se vai embora.
Se é discreta.
Ai das minhas culpas
e minhas ingratidões
dos meus credos sem fundo
das minhas calas surtadas
do desenho do mundo
Ai de mim se você reinventa
se contrata outra vida
se decide ser papo
se ignora minha linha
Ai de mim se desiste da agulha
se vira conforto
se me acalma a euforia
se finge de morto
e se acresce alegria
Ah vão olhar,
motivo do borbulho desta alma,
se sangue, me esquenta
se sopro, me venta
se dente, me arranca
se calma, me estanca
se fura, me cava
se unha, me encrava.