Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

quarta-feira, junho 27, 2007


Para a torre

Sou dessas que quando diz que está brava ninguém fica perto.
Dessas que chora quando perde a capacidade de articular qualquer argumento de tanto nervosismo que brota dos olhos.
É como se cada palavra minha se derretesse nessa ebulição do meu cérebro, e virasse água.
Sou dessas que não sabe ter palavra doce. E vive com meia dúzia de pedregulho nas mãos.
Dessa que não sabe da vida e de mais nada.
E de mais nada, sei nada de simplicidade.
Sei confundir minhas mágoas e transmitir a elas a grandiosidade vital para manterem a caracterísitica elementar da minha vida.
Como eu sei ser assim.
É como se eu permitisse escorrer o mel e gostasse bem mais das abelhas.
E então eu não sei viver contigo.
E não sei viver com quem gosto.
Soube como ninguém juntar as minhas linhas mal escritas e contar um texto tão doído. Tão machucado e ressentido.
Foi para contar a nossa história, moreno, que escrevi tanto. E tanto.
E não concluí.
Só molhei as folhas.
Manchei as folhas.
Pintei de fel.
E rasguei de vez.
Um amor que talvez fosse mesmo
de papel




eu te amo.