Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

quinta-feira, março 29, 2007


Redondo

Eu sei que daqui um tempo você vai desandar.
Correr em círculos, chorar e chorar e chorar.
Sei que vai fazer falta e mais que tudo vai deixar brotar em mim um quê de “eu quis”.
E de querer em querer sabe deus o quanto eu fiz.
Fala alto, cutuca minha raiva, me amolece e me faz sozinha.
Tão sozinha e tão sozinha.
Deixa miúda a dor que sinto e ainda assim me faz odiar.
Eu sei que daqui um tempo você pára de andar.
Volta pra mim e me faz gargalhar.
Sei que vai marcar presença e mais que nada deixar morrer o meu remorso de “eu fiz”.
E de fazer em fazer sabe o diabo que eu nada quis.
Cala o peito, amortece minha alma, me atordoa e me faz companhia.
Tanta companhia que não sei mais se a mim é mania.
Escancara o que ri de mim e ainda assim me ensina te amar.
E continua.
e continua.