Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

terça-feira, março 06, 2007


Três rascunhos pra mesma coisa

Se fosse simples, todo mundo havia de nascer pronto.
Feito miniatura da versão normal, mas pronto.
Sobram duas imagens e um aperto.
Dois almejos e um aborto.
Duas cajadadas e um coelho.
Sobra um tanto de mim nascendo sempre e um tanto de mim morrendo. Sempre.
E se morrer fosse fácil eu havia de matar todo meu erro.
Feito rascunho da versão ideal, mas morto.
É essa saudade de gente pequena que me mata. Saudade de gente por perto. Saudade de tudo tão certo.
É a saudade, guri. A saudade que me mata e faz lembrar.
Que me mata de pouquinho. Miudinho. Devagarzinho, pra ninguém perceber.
Mata um tanto e faz viver outro tanto. Porque é assim que tem que ser.
Feito arte bruta que espera um parecer,
sou eu um punhado de barro arriscando um vaso grande quando crescer.
.
.
.
São das vezes que me fiz triste e das vezes que sonhei o contrário.
Das noites que acordei com o silêncio e das manhãs que eu assisti nascer.
Daquele rascunho de sonho e do sonho mal apagado,
Eu ainda quero você.
.
.
.
Queria gritar um grito surdo e desafinado que meu peito diariamente se obriga a reter.
Subir no ponto mais alto que encontrar se assim eu me fizesse grande.
Queria ser a tua maior esperança e a tua maior retenção.
A tua preferência e a tua gratidão.
Quero sentir na pele o arrepio que a tua voz puder causar. Um dia.
Quero um dia, moreno, me ver estremecida por tanto amor que você me der.
E feito quem descrê ou faz de conta, Eu pago pra ver.
Pago a cadeira mais cara. Quero a melhor visão. Quero tudo que eu tiver direito.
Quero making off, créditos e toda a produção.