Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

quinta-feira, janeiro 19, 2006


Sopa de letrinhas

São muitos os dias inférteis. Eu sei.
.
.
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Um prato fundo e uma colher bem côncava. O suficiente.
Uma garrafa vazia e um maço de cigarros vencidos. E eram.
As entrelinhas, as perturbações e os meus deslizes de madrugada.
O sumiço e meia página molhada.
Amarelou e o caderno se arrependeu.
Como um movimento decorado. Um exercício diário. É um e um e um, até que as bochechas se completem. Outro bocado.
A saliva e outro bocado.
A saliva e outro bocado.
A saliva e outro bocado.
Um prato vazio e todas de volta pra mim.
Uma garrafa vazando e todos os cigarros me amortecendo. Já é.
Já é babe, já é.
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Que venham as sementes.