Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

quinta-feira, janeiro 19, 2006


Em pausa

É só um quase outro texto adiado.
Um Quase e um desejo ardido de ser um Todo, de verdade.
Uma outra descrição de uma cala apagada e estampada de “esquecida”, quando em toda a oportunidade se torna um berro.
É a saudade de alguma coisa que nunca conheci ou a presença intrigante de uma linha tênue que separa a amizade do parentesco, deixando a mim a maior parte de parentesco, quando o que eu mais queria era a amizade.
É como quem busca assunto corriqueiro numa roda hostil de amizade.
É fazer gol contra numa final do brasileiro.
Rir de uma piada sem graça.
Comida estranha na casa de estranhos.
E arriscar uma espontaneidade com um novo conhecido.
É pensar e se convencer de que tem mais é que se calar. Consentir e tentar relembrar.
No final das contas, o mais doido é ver quão valioso é o mínimo dos seus diálogos e quão presente é em mim, a parte em que só decorava os monólogos. E uma pontinha de ciúme ou vontade de ser grande o suficiente para lhe dar a réplica de tão sábias interjeições.
Outro texto adiado, copiado e anexado aos impublicáveis.
Na maneira mais morna possível o que me escorre é uma e outra lágrima. Como se isso resfriasse um pote grande de reclamações, incertezas e sentimentos injustos, recalcados e condenados.
É como uma criança que não sabe balbuciar a sede que lhe enferruja os sentidos.
Não sei pedir e o meu medo maior é que os meus olhos, tais como os da mesma criança, me encharque e me afogue de vez.
São infinitas definições e a preocupação de tudo isso permanecer em terceira pessoa, babe.