Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

domingo, setembro 25, 2005


Que morava numa torre

Quero um aleluia.
e um fúnebre tremor nos lábios
Uma salva de palmas e um par de pálpebras inchadas.
Quero todas as suas unhas sangrentas de roer e roer e roer.
e um olhar malamado de mim
odiado de mim
Quero a sua revolta surrada de tanto momento.
e não fugida de tanto acalento
um tango, um mambo, um samba, um soco
e o socador.
Os suspensórios para levantar a alma e os sem-salto para me trazer ao chão.
Quero toda a remuneração que os meus sonhos merecerem.
e o medo que eu tinha deles aparecerem
De volta.
dê volta
Quero um rangir de dentes na vez de um ronco desmontado.
e uma sutil gentileza em palavras formuladas
A réplica, a sequência, o desfecho, a conclusão.
Quero não ter que pensar nas respostas fechadas, fachada.
De novo o deus, a santa e o destino.
Quero a lógica punida pela credibilidade recalcada de teoremas.
e um sentimentalismo arrependido de tanta ausência
As coisas simples da vida
e a parte em que você me inventava encantos.
Ao meu adeus, o meu conforto.

(o deus, a santa e o destino)