terça-feira, setembro 13, 2005
Ao meu Francisco
É uma ranhura, babe. Só uma daquelas marcas sofridas, suadas, tingidas, surradas, contidas. É uma saudade, um desespero, uma agonia. É poder contar consigo e o consigo te abandonar. Coisa assim. É ter que acreditar no deus, no destino, na santa e na sombra, a se confortar. Tenha à fé, honey, antes que a fé tenha a você. Engula. Não faça promessas demais. Não espere demais. Abandone o demais. É preciso calma quando os sonhos te consomem e sonhos quando a calma te acolhe. Nunca faça planos. Crie apenas alternativas e possibilidades de ser um futuro e não viva o seu futuro. Aprenda a controlar seus sentimentos e não chore na hora errada. Você sempre terá pouco tempo para decidir coisas grandes. Não espere nada de ninguém. O ninguém inclui você mesmo. Não acredite nunca no "faça por merecer". Você não é capaz de julgar se merece alguma coisa e a sua decepção pode ser maior do que o seu feito. Apenas faça. É um frio que não cessa. É grito surdo que não cala. Não concentre os seus sonhos e a sua confiança de sucesso numa só possibilidade, honey. É melhor acreditar no seu destino. Seja leve e altruista consigo mesmo. Cuide-se com o melhor que lhe couber nas mãos. A inteligência é algo que precisa estar em constante exercício. Use-a e consuma todo o conhecimento e aprendizado que a vida lhe oferta diariamente. Aprenda a enxergar isso o mais cedo possível. É uma ranhura, babe. Só uma daquelas marcas sofridas, suadas, tingidas, surradas, contidas. É só mais uma. Só mais uma.
|