terça-feira, outubro 11, 2005
Desprendeu-se
É chegado outono, honey. E é aí que começam a cair. Ainda que com um vento brando, um vento morno, quase frio, quase calmo. Elas começam a cair. Que a mansidão da esperança nos cubra de calma quando a plenitude do desespero nos cobrar ingratidão. Que a compreensão nos amarre à paz até um outro tempo. Que a espera não seja amarga, não seja cruel e tampouco sofrida. Que saibamos do adubo e nunca do aterro. Balbucia “sim” ao que a vida te ofertar e voa alto, folha minha. Sê base noutra sementinha. A cada lembrança, tem um carinho gratuito e promissor, cria delas a tua melhoria. Que nosso fruto continue doce, mesmo que seco, que seja a nossa flor ainda a mais rosada e que nosso sumo se evapore e nos perfume para um sempre. Porque estamos num ciclo, anjo. É preciso padecer a outro renascer. “... futuros amantes, quiçá, se amarão, sem saber, com o amor que eu um dia deixei pra você...” Mora em mim coisa toda que eu tentasse soletrar. Amo-te para um sempre quase romântico, quase confiante. O soluço deste desconsolo injusto por tempo vai secar toda a palavra que pretenda gotejar. . . . Ciao
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