sábado, janeiro 01, 2005
Tudo de novo
Um minuto são só sessenta segundos.
Uma hora são sessenta minutos que são sessenta vezes sessenta segundos, ou seja, três mil e seiscentos seguntos.
Um dia tem vinte e quatro de uma média de setecentas mil horas que um ser humano vive.
Vinte e quatro horas de três mil e seiscentos seguntos, então, oitenta e seis mil e quatrocentos segundos.
Oitenta e poucos mil vezes um número de dias no ano é o mesmo que trinta e um milhões e cento e quatro mil segundos vividos.
Tudo isso é a média que uma pessoa leva para: encarar que precisa ser menos orgulhosa, que precisa de um regime bravo, dizer que ama e perceber o quanto é amada, olhar para o passado e desistir de consertá-lo, chorar ou parar de chorar, reclamar ou parar de reclamar, pintar a casa, agradar o cachorro, reza brava contra o mau-olhado, arrumar emprego novo, prometer casamento, ligar para aquele amigo distante e enfim, agradecer por ser viva.
Que a sua vida não seja notada apenas quando se estoura um champagne ou se vê um céu colorido e barulhento.
O seu presente será sempre o seu passado e o seu futuro é agora, no segundo novo e no segundo denovo.
|