Ainda na saudosa fase da língua bifurcada, é justo destilar meu veneno na nova palhaçada aturada na educação brasileira.
Tá aí oh :
Nove anos para o Ensino Fundamental.
Eu não sei que tipo de eleitor toda a monarquia pensa que você é. Sinceramente.
A idéia não é manter a criança por mais tempo na escola, mas sim, antecipar o seu alfabetizado. Ela passará então, a aprender as letras com seis e não sete anos. Ou melhor, toda a criança brasileira pobre e precocemente responsável terá que aprender de provas e ano letivo na idade em que seu cérebro só diferencia comida, graças à confortável educação que o seu país ofereceu à sua família e à ela.
Seria necessário, como alegam os especialistas, que a criança mais nova aprendesse brincando e para isso é preciso uma reformulação na maneira de ensinar. Uma reciclagem em
todos os professores. Entende? Todos os mal pagos e desestimulados professores terão que esquecer o magistério e tudo que aprenderam sobre lecionar para, a partir de agora, compreender que as crianças decoram o abecedário jogado dados e não na cartilha.
O governo quer que você entenda, honey, que todas as crianças da rede pública têm as mesmas condições de serem alfabetizadas que as crianças de escolas particulares, expostas em tempo integral aos estímulos e às facilidades que o dinheiro do papai lhe oferta.
Eles não sabem da internet, dos desenhos dos canais assinados e de incontáveis outras opções educadoras. E caras.
É o fim do mundo.
Ensino fundamental em nove anos não significa um ano de aprendizado. É só a transferência da má formação dos dezoito para os seis anos de idade.
Benza deus.