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Porque é aqui que há de nascer |
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Previous PostsSei lá o que se passa por aqui. 'cabou. Só sei iss...Vambora. Outro Natal. Hoje, de novo. E as pessoas ... Aí amizade, feliz Natal a você também. maira você além de ser feia e metida, escreve mal... Para: maira v. De: carlo... I'm sleeping in your arms. Porque você diz tudo ... Sabe aquela poetisa que morava em mim, num espaço ... Eu ia escrever. Ia, eu juro que ia. Mas de repente... A velha história da ironia funciona: Um desdenta... E demora um pouquinho, mas eu estou sozinha. Sozin...
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quinta-feira, dezembro 26, 2002I've forgotten that I'm a worthless person.
I've forgotten that I'm a worthless person. Morreu em mim qualquer prosa que justificava os meus escorregões: sou nada mesmo. Deixei-a pendurada até escorrer a última gota de sangue, até dissecar, até esgotar qualquer linha boa, ou pelo menos a gostosa ilusão de serventia. Eu não escrevo mais. Vomitei o resto não digerido aqui e assumi os meus erros constantes e impertinentes. Engula-os. Defequem-os. Lavem as mãos e arranquem daqui o resto das entranhas mal formadas de uma escritora. Não sou boa o suficiente para fazer nada de meu apreço, numa forma boa e considerável. Tenho frustrações e sonhos impossíveis. O mediano grita tanto em meus ouvidos que meu corpo chega a ser estagnado de qualquer atitude, e minha cabeça simplesmente derrama apelos para ser capaz: Eu travo. Apodrece aqui dentro de mim, os restos do meu sonho e que ainda assim, eu insisto na falsa esperança e na maldita respiração boca a boca. Lábios. Beije-me com essa sua língua maldosa e carregada de frases politicamente corretas, sacie essa minha sede de ser alguma coisa com a sua saliva digna e perfeita. Julgue-me. Sou eu o que você quer. A sua boneca de pano mal costurada, velha e censurada. Sou permitida a alguns e não é você capaz de olhar nos meus olhos. Sou nada, mas você insiste em me querer. Sumam daqui os decepcionados. Vão embora. Me deixem respirar. O dia que for eu alguma coisa, informar-lhes-ei. Abandonem-me, fiz eu mesma, num retalho mal cheiroso, a trouxa de vocês. Café frio e pão amanhecido. Rua! Ela morreu e eu não preciso de nenhum de vocês aqui, vocês são simplesmente a lembrança estúpida qual me cobra diariamente e joga na minha cara a falta que ela faz...Morreu sem direito a velório e muito menos a enterro. Morreu deixando aqui uns rascunhos nojentos e um papel sujo cheirando a cigarro rabiscado em letra de forma: meu sonho. E nada mais. A amarga e vagabunda escritora morreu de overdose, de câncer ou de aids se levar em conta a sua vida mundana. E ninguém precisa me lembrar isso. Essa sua saudade, ou dó, guarde à sua mediocridade e capacidade de olhar apenas ao seu umbigo. Seu Umbigo. Vivas ao umbiguismo. Hoje hei de admití-lo, pois acordei na fome de ser aguma coisa. Eu e Eu. Surrem e sussurem, entre si, a culpa integralmente minha por essa ignorância e fraqueza de não ser com esses poucos dezesseis, um dedo do que deveria. |