terça-feira, agosto 10, 2004
Ói nóis aqui
Eu bem confesso que não gosto de filme-livro, nem de livro-filme.
Não gosto de um que foi outro tempo anterior, nem outro que há de ser um tempo que vem.
Li King e não vi uns filmes. Vi uns filmes e não li os King.
Li Estorvo, apanhei para entender, e não quis ver o filme com medo de ter entendido tudo errado.
O crime do padre Amaro é um crime na Literatura.
Harry Potter não é diferente. Gosto do livro mais e da novela bem menos.
No entanto, eis que me dão Benjamim. Oh meu Benjamim... Esse é um dos únicos que me dói o coração não ter podido assistir. Deveras ser pela aparição do meu homem apenas, mas ainda escorre uma lágrima no canto do olho esquerdo, pequenina e muda, calada e escondida, toda a vez que me lembram.
Agora vem Olga. Fantástico livro, narrativa deliciosa e comestível, de Fernando Morais. Sou suspeita a falar, meu guri, pois o assunto quietinho e intocado já me excita.
Vem Hitler, vem comunismo, vem romances, vem Brasil e a coluna Prestes, vem amores, e Luís Carlos Prestes. A mulher, deve imaginar se minha escrita já conhece, moço, é uma de pulso, coragem e bom senso, carne e osso, como as que julgo admiráveis.
O texto todo vem em ritmo de reportagem sem sensacionalismo e descrições cansativas que o faz mudar de página e ansiar pelo final-clichê.
Bacana.
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Não ia escrever do livro.
Ia avisar que esse filme EU QUERO ver.
Também ia anunciar cá, que hoje é meu aniversário e caso queira presentear-me, envia o livro, que ainda não tive trinta e oito reais sobrando na carteira, ou mesmo o DVD, que muito sou capaz de convidar-lhe para comer pipocas com pimenta comigo.
Ah sim. Completo dezoito anos, três meses e exatos dez dias.
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