Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

segunda-feira, agosto 02, 2004


Filosofia de volta pra nunca mais

Diz que o homem é naturalmente mal e a educação e o conhecimento o pacificam.
Outro, que o homem é naturalmente bom e o meio o corrompe.
Bem na verdade, pouco isso importa, porque no final das contas, você é igualzinho a mim. Tão sujo, podre e porco quanto.
Mora em você, o mesmo leão que em mim mata, a mesma águia que em mim observa e o mesmo boi que come e procria.
E sinceramente não entendo o porquê das sutis diferenças.
Pode ser que seja o grau da insanidade e o conceito do nosso julgamento, mas ainda assim, isso não me convence.
Existem tantas teorias, e são tantas as contradições, e são tantas as formas que inventamos para nos esconder...
[E fugir de nós mesmos.
Se queres me conhecer a fundo moço, creio que deves me deixar brava, assim como vem tentando.
Se querer ver minha inteligência, dá me poder ou um tapa na cara. Talvez seja nessa ocasião que eu responda de forma integral com o meu irracionalismo e veremos de fato quem sou eu. Am I?
Embora tenha um pé no chão mais preso que a maioria de um e dois, gosto de acreditar, que o que faz, corrompe, adestra ou educa o homem, é a falta de liberdade que com o passar dos anos ele vem conquistando.
É cada vez mais duro comer ou deixar disso, criança. Cada vez mais dolorido ter um amor ou abandonar um. Cada vez mais preocupante se expressar, honey.
E nossa cabecinha ainda se julga livre -Rá!
Veja você que chegamos ao ponto de criar gaiolas para nos fazer pagar. Ou criar utopias cercadas e isoladas para tentar nos distanciar do pecado.
Bicho homem ainda não achou a mediocridade, apenas a julga ruim.
Nascemos devendo, e morremos sem crediario algum.
Nascemos sem entender, e morremos confusos do que fomos.
É preciso achar um tempero razoável nisso tudo, para que não seja conhecido como alho ou altruísta demais como um xuxu, diz a minha teoria culinária.
E um dia ou outro, alinhar sua cabeça para não ser um imbecil, o seu corpo para não ser um fantasioso e o seu sentimento, para não ser nenhum algum.