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segunda-feira, maio 31, 2004 Embundecida
Era para ser o meu livro. Era para ser o meu conto, mas acabou que não é nada, além de polêmica e blá blá blá de feministas e pseudo-intelectuais. Era para ser o meu sucesso, era para ser o meu dinheiro, mas acabou que não é nada além da minha complexidade que briga com o manequim 38. Era só o meu argumento. Era só a minha contrariedade. Eu que queria ser inteligente. Eu que não pedi bunda. Eu que uso bunda. Eu que imploro capacidade. Eu que queria ser cada dia mais, cada vez menos emburrecida. Ela que queria ser cada dia menos, cada vez mais favorecida. Dizem que uma mulher não pode ter cabeça e bunda porque viveria entre o desequilíbrio e a perfeição. Dizem que a beleza consiste em pequenos erros consertados com a convivência. E dizem que a bunda é a paixão nacional. E eu que queria ser paixão racional. Era para ser o meu rebolado, acabou que é o meu fascínio à contrariedade e ao radicalismo preconceituoso às bundudas. Era para ser a minha imagem, e vira e volta é a minha identidade. Eu que não queria ser bunda. Eu que queria ser só brasileira -com ou sem curvas. Era para ser a minha consequência de coxas ou término de coluna, acabou que é minha simpatia ou o meu desamparo. Era para ser o meu grito de sarcasmo, apenas. Mas hei que o meu próprio homem me pede para ser como as de Atenas. |