Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

terça-feira, maio 20, 2003

A Ilha

Eis que me falam do ceticismo.
Eis que implicam com essa minha fé e essa minha dúvida.
E essa forma estrambótica de duvidar de tudo e de nada levar a sério. Isento. Infeliz.
Creio que fora absolutamente coerente caro Einsten, ao dizer sobre as duas formas de se ter vida e saiba que cravaram essas palavras por si, em mim, e levo-as como uma relíquia presa num cordão firme no meu pescoço, como cinza. Como pó. Como memória.
Ou se tem milagres, ou não tem.
Ou se tem
milagres
[ou eles in
existem.

Ou se crê. Ou não.
[in existem

E normalmente se não existem acabam que levando algo além da crença consigo. Levam aquele brilho pequenino dos olhos inseguros de um humano, carregam na mala toda aquele riso inocente e infantil que deixam cicatrizes a pele morta. Levam um pouquinho da vida.
Cheira-me incenso, mas vira pó.
E um mantra.
Porque há aqueles que crêem e sorriem quando sentem alguma prova da veracidade, porque há aqueles que brigam e questionam.
Os calados e os protestos.
Vive-se nesse mundo tão tolo, tão estúpido e irracional, vive-se e (sobre)vive-se.
Ele é quem nos tira a vontade de crer, é ele que apaga qualquer resquício de esperança, porque vive-se o absurdo, o tempo todo.
todo ele.
Vive-se o absurdo.
Se é para se viver, permita-me o sobrenatural e não me coloque suas densidades e responsabilidades tão cruéis nessa minha cabeça oca, porque ainda tem os que questionam e acreditam, porque ainda tem os que gostam dos anjos e vêem alguma coisinha pequenina azul nesse firmamento tão cinza.
Tão escuro.
Obscuro.
Cruel.
Eis que me falam de ceticismo.
E eu de realidade.
Da minha.