Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

segunda-feira, maio 05, 2003

Esse texto foi uma proposta da Unicamp de 2001, que por acaso o fiz ontem, mas em resposta a um email eu resolvi publicá-lo aqui para o curioso leitor saber minha opinião sobre a ridícula Globalização, e aproveitar a oportunidade de "colar" um texto pronto, já que presencio um ócio criativo e uma falta de tempo.


Bárbaras distâncias


Seria de uma notável hipocrisia admitir que o mundo hoje, é um todo, uma parte integral e igualitária, ou ainda, um espaço sem barreiras. Não é. O mundo hoje é qualificado em termos tecnológicos e bastante evoluído cientificamente, mas é absolutamente dividido e mostra-se de forma osoleta à algumas regiôes com marcantes estratificações no ponto de vida social.
Rompe-se certas fronteiras e inovam-se conceitos, ao passo que morre-se de fome e vive-se precariamente. De nada adianta avanços na humanidade se ainda é de convívio grotescos regressos, sejam eles o preconceito, a importância burlesca no capital ou a amedrontadora massificação.
Não se tem autonomia cultural em determinados países, uma vez que são cada vez mais deixados de lado seus respectivos costumes; um exemplo marcante disso é o tal "Mc Donald's" assumindo o cardápio brasileiro, italiano, francês e por ironia do destino ou pressão econômica, é incluído na refeição chinesa, o qual julgava-se jamais influenciada. Neste aspecto talvez o foco seja outro e sejamos obrigados a aceitar um rempimento de barreiras, mas não benéficas, apenas impostas por aqueles que poucos séculos atrás eram ditos metrópoles.
Por fim, talvez estejamos próximos a um todo ou a uma evolução, mas não como aquelas propostas pela mídia, evoluções apenas daqueles pouco mais capacitados ou favoráveis a tal; e continuaremos vivendo do alimento lunático, caminhando rumo ao desprezo (ou globaização, como queira).