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domingo, novembro 24, 2002É melhor nem começar a ler
Eu não ia. Não ia. Não ia e não ia. Lá vai. A família Von Richthofen... Eu não vou noticiar nada. Não vou contar fofoca, não vou pôr nenhum link. Tem uma coisinha aqui dentro de mim que está com imenso grau de sentimentalismo e distante o suficiente de ter cautela: Sinto pena da Suzane. Não tenho revolta, não tenho um certo inconformismo, e não tenho motivo nenhum para atirar mais uma pedra na garota. Não quero causar revoluções. Entenda, não tenho planos de matar meus pais, não fumo maconha e nem tenho uma herança gorducha a receber. Por curiosidade, fui em ''busca'', para ver a quantidade de matéria destruindo a menina e isso fez-me escrever aqui, um espaço meu, o que eu sinto. Com licença. Obrigada. Continuem: Uma menina feita como ela não teria atitude de MATAR OS PAIS, nem mesmo mediria o grau desse feitio. Ela não matou. Ela tinha um plano, o feito fora outro. Ela tinha um sonho, o objetivo era outro. Ela tinha uma vida, e a realidade fora outra. Esqueça o ''matei por amor'', ela tinha intenção de se livrar do que causava problemas, como qualquer pessoa teria, no caso, a educação extremamente rigorosa dos pais. Não estava em sã consciência, minutos atrás usara entorpecentes em quantidade excessiva, a ponto de tirá-la do sério, Suzane era uma menina mimada e protegida. Protegida tanto que não tinha uma certa liberdade familiar, tinha uma independência financeira, portanto, nenhum interesse em receber a herança, como já disse, ela queria livrar-se dos problemas. Ultrapassou-se qualquer limite, não há meios de esconder isso, mesmo que se encontrasse fora de seu estado comum ou apenas agindo por impulso. Mas confio na idéia de que o ser humano age na causa e consequência. Não poderia ser uma família tão estruturada como a mídia pinta. Ou ainda, se Suzane apontasse índices de distúrbios mentais, um relacionamento mal estruturado atua de forma intensa e se responsabiliza por resultados, sendo esse critério independente do meu ponto de vista, apenas declarado por psicólogos que por sinal, se dizem entendedores de tudo e acusadores de Suzane, sem um mínimo argumento. Ela tinha dezenove anos de vida. Dezenove anos de mágoas e sofrimentos que ora ou outra acumulados, viriam a tona. Ela está presa, e deveria. Está sofrendo, e não poderia por menos. Mas me recuso a ler qualquer matéria, recorte, ou o que seja, chamando-a uma pessoa digna de morrer, na cadeia ou fora dela. Ela está arrependida. Qualquer criatura tem o direito de cometer erros, pecados ou deslizes, não existe erro grande ou erro pequeno, não existe um pecado bruto e um suave. Apenas se tem o antes e o depois. É de imensa burrice da mídia criticar a moça já que todos criticam, mas como sempre, jornalista, colunista e esses outros, precisam de DESTAQUE. Se o irmão, o próprio irmão de Suzane foi capaz de perdoá-la, não entendo como essa sociedade demasiadamente imparcial e contraditóra consegue condená-la com imensa certeza do que falam. Calem-se estúpidos, parem de imaginar fatos. Sabemos até onde vai nossa capacidade e nossos limites. São independentes e relativos. Sinto pela eterna imagem da pobre moça. Pobre, além de tudo. |