Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

segunda-feira, novembro 18, 2002

Tá.
Coisa chata.
Eu sei que eu não sei nada de Gramática. Eu sei poxa. O pouquinho que um dia eu soube, evaporou. Hoje em dia eu cometo erros feios, muito feios. Às vezes escrevo tropeçar com ''ss'', insisto em ânsia com ''c'' e erros de mesóclise, esquecendo sempre das regrinhas. Sim, sim, eu escrevo e escrevo mal.
Sou metida a fazer umas coisas difíceis as quais eu sei que não vou conseguir nunca, mas gosto de tentar sempre para me lembrar disso. Arrisco ler Shakespeare original e falar de Fernando Pessoa como quem come arroz e feijão, sem saber o gosto bom de uma macarronada.
Mas eu gosto bastante de saber que eu sou uma ignorante da Língua Portuguesa, da Gramática e da Literatura, mesmo que seja apaixonada, sei do vazio enorme que assiste em mim.
Eu erro, erro muito e erro sempre. Espero um dia errar um pouquinho menos para poder errar com outras coisas mais.
Vou escrever um livro e depois outro e outro até o dia que eu acreditar que eu sei alguma coisinha de linguagem, de poesia ou literatura.
Sou uma chata que vai à Livraria para babar sob os livros e sob os gênios, sem reais no bolso para levar nenhum deles para casa e fico lá, até que me mandem embora.
Estou aqui, até que me convençam a partir. E você venha me ver, dar-lhe-ei um banquinho e um café para ouvir diversas vezes onde foi que eu errei.