Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

segunda-feira, novembro 04, 2002

Mágoa é um negócio engraçado que sempre vem de pessoas que você admira, ama ou quer muito bem, numa hora inadequada, mas que está longe de ser uma coisa boa. É uma frasezinha mal colocada, um olhar que diz alguma coisa que você não esperava, um gesto, uma atitude.
E o pior de tudo é que vem como uma surpresa, embrulhadinha em laços e ilusões, e tampouco vai embora na mesma rapidez, costumam ficar para o jantar, para o café da manhã, almoço, sonos e sonhos, até um dia belo que por si, recolhem as malas e procuram outro coração.
Desculpa senhor Silveira Bueno, mas não é só decepção, pesar ou tristeza.
E não deve ser nada além dessa sensação ruim, nada diferente dessa coisa que borbulha por dentro sem ter resposta, apenas uma conclusão, sem caber perguntas e te obrigando a acreditar no superável, no tempo e nas borrachas que a vida lhe obriga a criar, e que você engole e digere, mesmo sofrendo de má digestão e procurando os sais de fruta.
Vez ou outra faz seus olhos boiarem em meio às lágrimas de um machucado interno, de intensa dor que não existe analgésico nenhum que venha a resolver alguma coisa.

...

Vou alí ver um desenho animado. See you later.. Não gosto de sentimentalismo.

* Respondendo umas perguntas aqui, Silveira Bueno é um professor que escreveu um dos meus dicionários preferidos.