Porque é aqui que há de nascer
e gerar frutos a minha e a sua eterna
ignorância. Aqui que há de encontrar a
vitalidade e o sustento máximo para a
sua loucura. Aqui vive, agoniza, mas não
morre o nosso egoísmo e a nossa faceta
que imprime necessidades.
Três vivas e saudações ao seu umbigo.

sexta-feira, setembro 06, 2002

Eu amo as crianças. Cada dia mais, cada vez menos deixo de sorrir pra elas, sem perceber.
Simplesmente porque não diferenciam o bem do mal, o gostoso do necessário, o lago do mar... Tudo tem o maior prazer do mundo, e o melhor sorriso impresso nos olhos...
Eu fui andar, sozinha.
Comi danone lambendo o dedo, sentei na grama e fiquei olhando por muitos minutos, a minha vida passando bem atrás de mim, jogando bola com mais quatro outras, procurando girinos, correndo atrás de gansos malucos e sentada na grama, lambendo o dedo de danone.
Espiei pra ver se não tinha ninguém me olhando, e subi numa árvore.
Num galho tão alto, que eu era a maior pessoa do mundo, olhando pro sol mais amarelo que refletia os raios verdes daquele lago. E cantei.
Eu sou tão boa quanto os meus sete anos de macaquisse.
Agora tenho um roxo na canela.
Não existem cistos hemorrágicos nenhuns. Crianças não têm problemas no ovário.
Ninguém entenderia a doçura da minha longa tarde feliz.
Nem eu.